Tem formação em Ciências Jurídicas e Sociais pela PUCRS e graduação em Teatro com Ênfase em Direção Teatral pela UFRGS. Possui mestrado e doutorado em Letras com Ênfase em Teoria da Literatura pela PUCRS. Atualmente é licenciando em Filosofia pela UFRGS. Realizou cursos formativos em Neurociência aplicada à aprendizagem, Comunicação Não-Violenta e Gestão de Pessoas. Publicou trabalhos em livros e revistas acadêmicas. Editor da Revista Evocatio Revista Brasileira de Filosofia, Artes e Cultura e da Revista Agon. Trabalhou como professor substituto na Universidade Federal do Rio Grande do Sul entre 2012 e 2013 e no Centro de Artes da Universidade Federal de Pelotas/RS em 2016. Realiza atividades artísticas no campo teatral como diretor, produtor e pesquisador. Trabalha como roteirista de audiovisual. LATTES: http://lattes.cnpq.br/6662047156263633PÚBLICO-ALVO: Estudantes e pesquisadores interessados em arte, filosofia e transdisciplinaridade.; PRÉ-REQUISITOS: Não há exigência de pré-requisito. OBJETIVOS:
Apresentar um panorama geral do termo performance e seu lugar no campo artístico e na história da arte;
Explicitar as referências filosóficas da performance e da performatividade a partir de autores diversos;
Explorar a performance como pensamento dialético especulativo demonstrando sua originalidade para pensar o contemporâneo.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: PERFORMANCE: um termo equívoco (1 hora-aula)
Apresentação dos conceitos relativos a performance, sua contraposição com a noção de representação, as várias acepções de seu uso e sua pertinência no processo criativo através de termos como ação, ritual, transdisciplinaridade e participação.
TRADIÇÃO DA PERFORMANCE (1 hora-aula)
Estabelecimento de uma retrospectiva do termo e sua importância a partir de elementos da história da arte. Partindo do Simbolismo, passando pelas Vanguardas Artísticas do século XX, A Bauhaus, até o happening e suasprimeiras manifestações nos anos 70 e 80.
TEATRO E PERFORMANCE (1 hora-aula)
Compreensão e relação das artes cênicas e sua importância para odesenvolvimento da arte da performance. Observação sobre autoresespecíficos como Vselevod Meyerhold, Nicolai Evreinov, Bertolt Brecht, AntoninArtaud, Edward Gordon Craig e Stanislaw Witkiewicz
AS ARTES E A PERFORMANCE (1 hora-aula)
Na performance como arte faz referência a uma série de transformações das artes visuais. Nesse sentido observa-se como a quebra da representação realista ocorrida por movimentos como Cubismo, Fauvismo e abstracionismo também tem importância no seu desenvolvimento. Expressões como Escultura Viva, Action Painting e Body Painting. Sua repercussão na fotografia, na dança e na música.
PERFORMANCE E ANTROPOLOGIA (1 hora-aula)
A performance possui uma face para o entendimento do homem em sociedade. Neste sentido é preciso voltar-se para a obra de autores como Marcel Mauss, E. E. Evans Pritchard, Clifford Geertz, Victor Turner e Richard Schechner
LINGUAGEM E PERFORMANCE (1 hora-aula)
O termo performance está vivo principalmente na linguagem humana. Para compreender o fenômeno dessa perspectiva é preciso visitar a obra de Paul Zumthor e entender a importância da oralidade. A criatividade da linguagem através de sua prática segundo a crítica especializada. Adentra-se também na Filosofia analítica através da noção de performatividade que aparece nos atos de fala de John Austin.
PÓS-METAFÍSICA E PERFORMANCE (1 hora-aula)
Pesquisa epistemológica sobre a noção de performance a partir de autores da tradição continental da filosofia: Hegel, Nietzsche, Derrida, Deleuze e Agamben. Suas obras permitem pensar a realidade de uma maneira mais plástica e instável e assim apreender o conceito de performance como um elemento disruptivo e criador. Pensar a performance como uma forma de intervenção no próprio pensamento e reconstrução da realidade.
ÉTICA E POLÍTICA NA PERFORMANCE (1 hora-aula)
As Performances trazem rupturas não apenas para o pensamento abstrato ou para a sensação humana. Trata-se de uma forma de arte que tem o potencial de estabelecer críticas à estrutura social. Uma intervenção artística pode gerar tensão no campo político e apontar caminhos para as configurações comunitárias. Nesse sentido vale observar a contribuição e Augusto Boal e seu teatro do invisível, além de exemplos de performances políticas mais atuais.
PEDAGOCIA E PERFORMANCE (1 hora-aula)
Diante da possibilidade que a performance gera para a criatividade, também tem sua repercussão no campo da educação. Ela é capaz de redefinir as práticas da sala de aula e da própria instituição de ensino revisando a função esperada entre professor e aluno. Baseado em Roland Barthes, Elyse Lamm Pineau, Marcelo de Andrade Pereira e Gilberto Icle é possível pensar a educação por um viés que dialoga com o indizível.
PERFORMANCE E A CONTEMPORANEIDADE (1 hora-aula)
Enquanto conclusão pode-se aproximar a Performance em sua multiplicidade erebeldia como um elemento importante para pensar o contemporâneo.Observar os grandes performers como instaurações de pensamentos originais.Seguindo o panorama dado por Laura Cull Ó Maoilearca e Alice Lagaay épossível ver a originalidade de uma Filosofia da Performance. Uma forma delidar com o Erro, o instável, o ambíguo e o obscuro de modo a produzir algo.Da mesma maneira, perceber o caráter de imagem presente na prática daperformance e de que existem outros modos de pensamento para alémdaqueles apresentados pelas ciências duras.